quarta-feira, 29 de janeiro de 2014

Já Alongaste HOJE parte 1



Antes de mais o que é o alongamento?
Do ponto de vista físico, é o aumento da distância entre dois pontos de um determinado material.
Quando entramos num contexto mais desportista, o alongamento passa pelo aumento das estruturas alongadas. Mais concretamente da unidade músculo-tendinosa. Originando uma deformidade dos tecidos respetivos.
Sendo assim esta ação é entendida como uma propriedade, ou seja, é a capacidade de aumentar a extensibilidade dos tecidos alongados.
O conceito de alongamento tem sido várias vezes confundido com flexibilidade, embora esta ser inteiramente diferente tanto a nível conceptual como clinicamente. A nível clinico a diferença provém da distinta manipulação das diversas variáveis de treino.
Por outro lado os objetivos da prática de alongar podem passar, por exemplo, pela diminuição a nível agudo do stiffness passivo das estruturas alongadas e de outras alterações das propriedades das estruturas alongadas, sem se verificar necessariamente um aumento da amplitude articular. Por outras palavras, quando executamos os alongamentos estamos a promover o aumento das fibras ao nível do seu comprimento, favorecendo o aumento do número de sarcomeros. Aumentando assim a flexibilidade.
Desta forma podemos prevenir lesões, reduzir em grande escala tensões musculares, adquirir uma maior consciência corporal, tornar todos os nossos movimentos mais soltos, ativar a circulação.
Por outro lado quando não executamos os alongamentos no final de uma atividade física na qual as fibras musculares tenham sido recrutadas durante vários minutos ou mesmo horas, como ocorre em atletas de grande porte, milhares de contrações dos sarcomeros são realizadas. Por este motivo, é natural verificar que a zona de sobreposição das unidades motoras fiquem aumentadas. Realidade que predispõe o encurtamento muscular caso um alongamento direcionado às cadeias musculares recrutadas não seja realizado após o término dos exercícios. Evitando assim a utilização de fibras compensatórias, compressão das fibras nervosas, aumento das incidências de cãibras e dor muscular, além de prejuízo para a técnica nas atividades desportivas.
Diversos são os métodos e técnicas descritos com o objetivo de promover o alongamento muscular, destacando-se três como os principais e mais utilizados.
Alongamento Estático, que gera uma tensão de baixa intensidade permitindo conforto ao atleta. É feito de forma lenta e continua. Tem o efeito do relaxamento progressivo do músculo. Apresenta um menor risco de lesão pois a tolerância do atleta limita a força empregada. Ou seja, deve provocar apenas um moderado desconforto. Mantém-se por cerca de 30 segundos antes de voltar à posição inicial. Esta é a forma mais segura pois é sempre realizada de forma lenta e gradual.
Alongamento Balístico, também conhecido como dinâmico, ativo ou rápido. Envolve o balanço repetido da parte do corpo que está a ser alongada, que com a utilização de contrações musculares bruscas, ganha energia para aumentar o limite do alongamento. Esta técnica deve ser realizada com alguma cautela e com a supervisão de um profissional preparado, pois apesar dos seus benefícios apresenta um maior risco de lesão.
Alongamento Por PNF (proprioceptive neuromuscular facilitation), conhecida também como método Kabat. É muito utilizada por fisioterapeutas. Não tem apenas a função de alongamento, já que se baseia em aspetos neurológicos e tem como objetivo principal aumentar o arco de movimento das articulações. Este tipo de alongamento deve ser aplicado apenas por profissionais que tenham conhecimento e prática desta técnica. O atleta não a consegue fazer sozinho.
Não deixe de alongar sempre no final dos seus treinos, de manhã quando acorda, no seu emprego, antes de dormir.
Agora que já leu este artigo levante-se, cruze os dedos das mãos e estique-as acima da cabeça. Permaneça nessa posição durante 30 segundos. Repita três vezes este movimento.
Pronto, hoje já alongou.

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